Vejo a morte rondando em passos surdos
Ouço ela causando os passos lentos
Vão-se os passos da quimera, se apagando
E a espera de morrer: único alento
Sinto as pálpebras cerrando sobre os olhos
É a luz do final que está cegando
Como passos arrastados pelos pés
Vão-se os olhos indo embora, se arrastando
É que acende a luz da morte que já chega
E a luz dos olhos vai morrendo, se afastando
E o corpo da morte se estendendo
ao passo que o em vida, definhando.
domingo, 18 de outubro de 2009
Vento
Eu sou vento de outono arrancando as folhas
Para aquela árvore se aperceber
Que arrebato, sopro e sacudo os galhos
Dela. Que se julgava sozinha ao entardecer
Sou vento de agosto, e dispenso ralhos
Para seduzir ao sopro e revolver
Esvoaçar pó dos sonhos aos olhos
E ao invés de cegar, fazer bem ver.
Porque sou vento [pois solto] e que me valha
Enraizar em você meus devaneios
Eu balance com vida as suas galhas
E devaneie por mim os seus anseios.
Para aquela árvore se aperceber
Que arrebato, sopro e sacudo os galhos
Dela. Que se julgava sozinha ao entardecer
Sou vento de agosto, e dispenso ralhos
Para seduzir ao sopro e revolver
Esvoaçar pó dos sonhos aos olhos
E ao invés de cegar, fazer bem ver.
Porque sou vento [pois solto] e que me valha
Enraizar em você meus devaneios
Eu balance com vida as suas galhas
E devaneie por mim os seus anseios.
promessas e sonhos ou ilusões.
Pago promessa pela perenidade
E tu me somes?
Me fizeste juras de eternidade
Que me consomem.
Que promessa é coisa de sempre.
E se não puderes cumprir
Não invente.
Não me suma sem contar da ausência.
Nem me solte sem matar os sonhos.
Que tua promessa se torne demência!
E sofrimento não me seja medonho!
Pago promessa pela perenidade
E me atormentas.
Então me escreva na felicidade
Que te ausentas.
Que sonho não é peça para jogos.
E se não sonhas, some.
Eu rogo.
E tu me somes?
Me fizeste juras de eternidade
Que me consomem.
Que promessa é coisa de sempre.
E se não puderes cumprir
Não invente.
Não me suma sem contar da ausência.
Nem me solte sem matar os sonhos.
Que tua promessa se torne demência!
E sofrimento não me seja medonho!
Pago promessa pela perenidade
E me atormentas.
Então me escreva na felicidade
Que te ausentas.
Que sonho não é peça para jogos.
E se não sonhas, some.
Eu rogo.
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