dedico a Polly Monteiro, a professora de
dança mais humana que meu universo conhece.Nenhum corpo que dança fenece
Todo corpo que cresce se move
Tudo ocorre num corpo que mexe
O estanque é a vida que morre
Uma rija estrutura padece
Movimento é um deus que promove
Movimento é um tipo de prece
Movimento é um deus que socorre
Descontínuo que desaparece
Movimento é um corpo que explode
Cinestésico corpo que ocorre
A certeza que o mundo renove
Todo corpo que cresce se move
Nenhum corpo que dança padece.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Dança
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Fluxo fértil
Todo fluxo fértil
Despertando fluxos outros
Sanguíneo cíclico
Energético.
Todo fluxo fértil
Do umbigo acima
Barriga costelas
Respiração corrida
Suspensa suspira completa
Todo fluxo sanguíneo
Agitado fluido convulso
Todo fluxo fértil
Do umbigo à superfície
Pele textura cheiro
Toque temperatura
Todo fluxo sanguíneo
Do peito às partes
Cintura costas colunas
curva dança movimento
Todo fluxo sanguíneo
E todo fluxo fértil
Por todo o corpo
Braços ombros pescoço
Seios vozes rosto
Todo fluxo fértil
Do umbigo abaixo
Pêlos pernas púbis
E do umbigo adentro
No sexo.
Despertando fluxos outros
Sanguíneo cíclico
Energético.
Todo fluxo fértil
Do umbigo acima
Barriga costelas
Respiração corrida
Suspensa suspira completa
Todo fluxo sanguíneo
Agitado fluido convulso
Todo fluxo fértil
Do umbigo à superfície
Pele textura cheiro
Toque temperatura
Todo fluxo sanguíneo
Do peito às partes
Cintura costas colunas
curva dança movimento
Todo fluxo sanguíneo
E todo fluxo fértil
Por todo o corpo
Braços ombros pescoço
Seios vozes rosto
Todo fluxo fértil
Do umbigo abaixo
Pêlos pernas púbis
E do umbigo adentro
No sexo.
Bolhas ao sol
Quando você sonha
Eu flutuo
Bolhas de sabão
Suspensas
Soltas
Cheias
Fluidas
Reflexa
De luz solar
Quando você sonha
Eu me refrato luminosa
Coloridos arco-íris
Nos meus ares afora...
Eu flutuo
Bolhas de sabão
Suspensas
Soltas
Cheias
Fluidas
Reflexa
De luz solar
Quando você sonha
Eu me refrato luminosa
Coloridos arco-íris
Nos meus ares afora...
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
meu deus,
está tudo errado
trocado
torcido
invertido
troncho
travado
trincado
quebrado
triste
está tudo murcho
miongo
macambúzio
melancólico
magoado
sorumbático
depressivo
abatido
monocromático
e ainda estático
nem um vento
nem um sopro
nem um susto
nem um santo
sem reza
sem crença
sem vida
sem porto
meu deus,
está tudo torto
destroçado
falecido
dilacerado
roto
defunto
finado
cadáver
morto.
está tudo errado
trocado
torcido
invertido
troncho
travado
trincado
quebrado
triste
está tudo murcho
miongo
macambúzio
melancólico
magoado
sorumbático
depressivo
abatido
monocromático
e ainda estático
nem um vento
nem um sopro
nem um susto
nem um santo
sem reza
sem crença
sem vida
sem porto
meu deus,
está tudo torto
destroçado
falecido
dilacerado
roto
defunto
finado
cadáver
morto.
Descontínua presença
Dói no recorte.
No descontínuo.
Na parte que parte
num só.
Um inteiro, um partido.
Um dia bom,
vinte a dó.
Dói cada vez que teu corpo vira pó de saudade
no meu redor de existência.
No retalho.
Cada beijo não dado.
Cada abraço sonhado.
Toda ausência.
O contraste tristonho
com as felizes presenças.
Intercaladas lacunas.
Trechos suspensos
pelos contínuos vindouros.
É no arremate.
No momentâneo.
Na junta que junta.
No nó
feito e apertado no encontro
para não deslizar na distância
em desenlace.
Dói a noite de frio.
O acordar vazio
depois que me veio.
E reinicio
pedaços de fios com amarração
de sonhos cheios.
No descontínuo.
Na parte que parte
num só.
Um inteiro, um partido.
Um dia bom,
vinte a dó.
Dói cada vez que teu corpo vira pó de saudade
no meu redor de existência.
No retalho.
Cada beijo não dado.
Cada abraço sonhado.
Toda ausência.
O contraste tristonho
com as felizes presenças.
Intercaladas lacunas.
Trechos suspensos
pelos contínuos vindouros.
É no arremate.
No momentâneo.
Na junta que junta.
No nó
feito e apertado no encontro
para não deslizar na distância
em desenlace.
Dói a noite de frio.
O acordar vazio
depois que me veio.
E reinicio
pedaços de fios com amarração
de sonhos cheios.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Outono Precoce
Foi florido em sonhos
amarelando-se ipê.
Mas como sem tempo
a tanta fertilidade:
o outono precoce
em desilusão.
E decantou-se ao chão;
as suas cores.
E lhe sustentam galhos
rijos, secos, cinzas. Fartos
em tons estéreis.
amarelando-se ipê.
Mas como sem tempo
a tanta fertilidade:
o outono precoce
em desilusão.
E decantou-se ao chão;
as suas cores.
E lhe sustentam galhos
rijos, secos, cinzas. Fartos
em tons estéreis.
Pôr-do-sol e paz
Para Vinicius, pelo estímulo do continuar
escrevendo.
Instantes tácitos na imensidão
No pôr-do-sol do mundo
Serenidade da calada solidão
O sol que vai, a cor que fica
E beleza a conduzir o instante
No pôr-do-sol do mundo
Conexão com a perenidade
Entre o azul e o vermelho
Universo maior que a humanidade
No pôr-do-sol do mundo
Instantes tácitos na imensidão
Entre o azul e o vermelho
A colorida paz da meditação
sexta-feira, 28 de maio de 2010
infortúnios tecnológicos
esperaria a noite toda,
audição atenta.
para ouvir a mensagem no celular avisar
que o seu já está disponível.
pra ter certeza que você recebeu uma mensagem avisando que eu te liguei.
e saber se você vai me ligar de volta.
esperaria a noite toda.
talvez por amor e saudade.
e esse aperto no coração a perguntar se você voltou pra casa ainda me amando
depois de uma noite na rua.
ou talvez só para sentir raiva de você
que nem se importou em rotornar a ligação.
e na noite seguinte
poder desligar o celular em paz.
e ir dormir mais cedo.
audição atenta.
para ouvir a mensagem no celular avisar
que o seu já está disponível.
pra ter certeza que você recebeu uma mensagem avisando que eu te liguei.
e saber se você vai me ligar de volta.
esperaria a noite toda.
talvez por amor e saudade.
e esse aperto no coração a perguntar se você voltou pra casa ainda me amando
depois de uma noite na rua.
ou talvez só para sentir raiva de você
que nem se importou em rotornar a ligação.
e na noite seguinte
poder desligar o celular em paz.
e ir dormir mais cedo.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Gravidez
plantaram sementes na barrigaporejou lá dentro o amor.plantaram sementes de vidasementes de gente....e brotou!
segunda-feira, 19 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
Quiropraxia
Nervuras de folhas
em minhas mãos.
Destino riscado.
E eu, árvore de outono:
[dia de brisa;
dia de tempestade.]
desfolhando sempre.
Destino de folhas
em minhas mãos.
Nervura voada.
Até que despenquem e sequem
minhas linhas.
E eu reintegre
minha natureza.
em minhas mãos.
Destino riscado.
E eu, árvore de outono:
[dia de brisa;
dia de tempestade.]
desfolhando sempre.
Destino de folhas
em minhas mãos.
Nervura voada.
Até que despenquem e sequem
minhas linhas.
E eu reintegre
minha natureza.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Caminhos Astrais
Pelas conversas com Teo Nicácio.
Construtivas estradas
trançando fios de luz
estreitando contatos
entre estrelas
e criando trilhas de saudade.
Não! São as estrelas.
São tantas! Justo elas
Desenhando constelações
vão remexendo estradas
pela congruência astral.
Brilhos perenes
nascidos em instantes fugazes.
Se tanto são as estradas,
mais as estrelas sagazes.
Quadrinha da Chuva
O céu nublado e a tempestade
diziam à menina, com serenidade
"sossega a tristeza e descansa".
23.03.10
domingo, 17 de janeiro de 2010
Anseio
Anseio
Minhas mãos no teu corpo em passeio
E as tuas no meu, sem receio
Nossas quatro num só devaneio
Anseio
Tua boca aberta em meu seio
E a minha na tua [entremeio]
E o teu falo, da minha, o recheio
Anseio
O teu sexo envolto, o meu cheio
Nossos corpos num só balanceio
Até nosso total desnorteio
Anseio
Minhas mãos no teu corpo em passeio
E as tuas no meu, sem receio
Nossas quatro num só devaneio
Anseio
Tua boca aberta em meu seio
E a minha na tua [entremeio]
E o teu falo, da minha, o recheio
Anseio
O teu sexo envolto, o meu cheio
Nossos corpos num só balanceio
Até nosso total desnorteio
Anseio
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