meu deus,
está tudo errado
trocado
torcido
invertido
troncho
travado
trincado
quebrado
triste
está tudo murcho
miongo
macambúzio
melancólico
magoado
sorumbático
depressivo
abatido
monocromático
e ainda estático
nem um vento
nem um sopro
nem um susto
nem um santo
sem reza
sem crença
sem vida
sem porto
meu deus,
está tudo torto
destroçado
falecido
dilacerado
roto
defunto
finado
cadáver
morto.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Descontínua presença
Dói no recorte.
No descontínuo.
Na parte que parte
num só.
Um inteiro, um partido.
Um dia bom,
vinte a dó.
Dói cada vez que teu corpo vira pó de saudade
no meu redor de existência.
No retalho.
Cada beijo não dado.
Cada abraço sonhado.
Toda ausência.
O contraste tristonho
com as felizes presenças.
Intercaladas lacunas.
Trechos suspensos
pelos contínuos vindouros.
É no arremate.
No momentâneo.
Na junta que junta.
No nó
feito e apertado no encontro
para não deslizar na distância
em desenlace.
Dói a noite de frio.
O acordar vazio
depois que me veio.
E reinicio
pedaços de fios com amarração
de sonhos cheios.
No descontínuo.
Na parte que parte
num só.
Um inteiro, um partido.
Um dia bom,
vinte a dó.
Dói cada vez que teu corpo vira pó de saudade
no meu redor de existência.
No retalho.
Cada beijo não dado.
Cada abraço sonhado.
Toda ausência.
O contraste tristonho
com as felizes presenças.
Intercaladas lacunas.
Trechos suspensos
pelos contínuos vindouros.
É no arremate.
No momentâneo.
Na junta que junta.
No nó
feito e apertado no encontro
para não deslizar na distância
em desenlace.
Dói a noite de frio.
O acordar vazio
depois que me veio.
E reinicio
pedaços de fios com amarração
de sonhos cheios.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Outono Precoce
Foi florido em sonhos
amarelando-se ipê.
Mas como sem tempo
a tanta fertilidade:
o outono precoce
em desilusão.
E decantou-se ao chão;
as suas cores.
E lhe sustentam galhos
rijos, secos, cinzas. Fartos
em tons estéreis.
amarelando-se ipê.
Mas como sem tempo
a tanta fertilidade:
o outono precoce
em desilusão.
E decantou-se ao chão;
as suas cores.
E lhe sustentam galhos
rijos, secos, cinzas. Fartos
em tons estéreis.
Pôr-do-sol e paz
Para Vinicius, pelo estímulo do continuar
escrevendo.
Instantes tácitos na imensidão
No pôr-do-sol do mundo
Serenidade da calada solidão
O sol que vai, a cor que fica
E beleza a conduzir o instante
No pôr-do-sol do mundo
Conexão com a perenidade
Entre o azul e o vermelho
Universo maior que a humanidade
No pôr-do-sol do mundo
Instantes tácitos na imensidão
Entre o azul e o vermelho
A colorida paz da meditação
sexta-feira, 28 de maio de 2010
infortúnios tecnológicos
esperaria a noite toda,
audição atenta.
para ouvir a mensagem no celular avisar
que o seu já está disponível.
pra ter certeza que você recebeu uma mensagem avisando que eu te liguei.
e saber se você vai me ligar de volta.
esperaria a noite toda.
talvez por amor e saudade.
e esse aperto no coração a perguntar se você voltou pra casa ainda me amando
depois de uma noite na rua.
ou talvez só para sentir raiva de você
que nem se importou em rotornar a ligação.
e na noite seguinte
poder desligar o celular em paz.
e ir dormir mais cedo.
audição atenta.
para ouvir a mensagem no celular avisar
que o seu já está disponível.
pra ter certeza que você recebeu uma mensagem avisando que eu te liguei.
e saber se você vai me ligar de volta.
esperaria a noite toda.
talvez por amor e saudade.
e esse aperto no coração a perguntar se você voltou pra casa ainda me amando
depois de uma noite na rua.
ou talvez só para sentir raiva de você
que nem se importou em rotornar a ligação.
e na noite seguinte
poder desligar o celular em paz.
e ir dormir mais cedo.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Gravidez
plantaram sementes na barrigaporejou lá dentro o amor.plantaram sementes de vidasementes de gente....e brotou!
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