Nesse intenso inverno
quem me dera seruma bela árvore de ipê.
Ao sopro do vento forte
suster em galho e flor.O peso do sóbrio chão;
a leveza da vivaz cor.
E nas profundezas, raiz. Firme.
Hasteando tronco ao céu. Tanto.
Para a flor refletir, do cosmo,
o encanto.
Essa bela árvore, o ipê,
nesse intenso invernoquem me dera ser.
Do tronco, passado,
o rijo e a morte.
Das flores, futuro,
a vida e a sorte.
A raiz, oculta,
mistério e aporte.Até a primavera (folhas no agora)
clarear, presente, apontando o norte.