Louca, morta, puta, viril
Remou, reclamo, me arrasto vaga
Por não poder saciar aquele cio
Trinco os dentes, retorço, me rasgo
Arremessei voraz o meu desejo
E dos prazeres que reténs, sequer um trago.
O fogo n’água morna: vapor!
Proferi minhas rudezas, gritei praga
E arrematei com ódio aquele amor.
domingo, 29 de junho de 2008
terça-feira, 24 de junho de 2008
Velas
Vela acesa para alumiar
Veleiro a flutuar no mar
Vela para não naufragar
na escuridão
Vela de cera
vela de embarcação
devaneio iluminado
chama acesa de luz:
barco de alma velado.
Veleiro a flutuar no mar
Vela para não naufragar
na escuridão
Vela de cera
vela de embarcação
devaneio iluminado
chama acesa de luz:
barco de alma velado.
sábado, 14 de junho de 2008
Gira
Eu tenho certeza que o mundo gira
preparando passos ao próximo segundo
Gira eu tenho certeza que o mundo
passa-me atrás quando o vejo – tu.
Mundo gira eu tenho certeza que o
teu ser é quem me faz não mover
O mundo gira eu tenho certeza que
sem que perceba, perco gente, beleza
Que o mundo gira eu tenho certeza
mas por ti perco o pulso desse engenho
Certeza que o mundo gira eu tenho
Tenho certeza que o mundo gira eu
Eu tenho certeza que o mundo gira
e girando, quiçá, você será meu.
preparando passos ao próximo segundo
Gira eu tenho certeza que o mundo
passa-me atrás quando o vejo – tu.
Mundo gira eu tenho certeza que o
teu ser é quem me faz não mover
O mundo gira eu tenho certeza que
sem que perceba, perco gente, beleza
Que o mundo gira eu tenho certeza
mas por ti perco o pulso desse engenho
Certeza que o mundo gira eu tenho
Tenho certeza que o mundo gira eu
Eu tenho certeza que o mundo gira
e girando, quiçá, você será meu.
domingo, 1 de junho de 2008
versus
O corpo que briga com a intenção da mente.
buscando contatos, enquanto a outra se mantêm ausente.
E lança as suas armas
Laçadas, visgos, amarras.
E a mente se pondo a frente
e no alto.
Como se pudesse desfazer o poder do instinto.
E manter distante o que for tinto.
(colorido ebriamente)
Nada se aproxima, ou será que a epiderme anda dormente
pelo comando da razão?
Não.
Não se nega nunca o poder do envolvente
Corpo, biológico inerente.
O lógico se põe, orgulhoso
Mas o ID se superpõe imponente.
buscando contatos, enquanto a outra se mantêm ausente.
E lança as suas armas
Laçadas, visgos, amarras.
E a mente se pondo a frente
e no alto.
Como se pudesse desfazer o poder do instinto.
E manter distante o que for tinto.
(colorido ebriamente)
Nada se aproxima, ou será que a epiderme anda dormente
pelo comando da razão?
Não.
Não se nega nunca o poder do envolvente
Corpo, biológico inerente.
O lógico se põe, orgulhoso
Mas o ID se superpõe imponente.
Entorpecentes
Chocolate, vinho...
Futilidade que preenche
o espaço aberto no corpo, pelo espinho
das ausências - solidão.
Felicidades fugazes do entorpecente
no espaço dedicado à proteção, ao aconchego e carinho.
Amoroso carinho, envolvente.
As mãos e os olhos
que o corpo perfurado já não sente.
O calor voraz do vinho, o chocolate:
futilidades pequenas do corpo
preenchendo o que alma falta, no arremate.
Futilidade que preenche
o espaço aberto no corpo, pelo espinho
das ausências - solidão.
Felicidades fugazes do entorpecente
no espaço dedicado à proteção, ao aconchego e carinho.
Amoroso carinho, envolvente.
As mãos e os olhos
que o corpo perfurado já não sente.
O calor voraz do vinho, o chocolate:
futilidades pequenas do corpo
preenchendo o que alma falta, no arremate.
O soneto que a Menina fez ao Homem.
Belos os olhos teus,
e não me refiro à cor.
As linhas: fútil fator
frente à ausência de breu
Abismo do tempo é vão
quando no meu, teu olhar.
Mal observo que há
entre os anos desvão.
Quando, do brilho, o fulgor
(que o acaso cedeu)
oferece-me o torpor
não sou capaz de negar
meu mundo dizendo não
e eu a te desejar!
escrito em 06.10.2007
e não me refiro à cor.
As linhas: fútil fator
frente à ausência de breu
Abismo do tempo é vão
quando no meu, teu olhar.
Mal observo que há
entre os anos desvão.
Quando, do brilho, o fulgor
(que o acaso cedeu)
oferece-me o torpor
não sou capaz de negar
meu mundo dizendo não
e eu a te desejar!
escrito em 06.10.2007
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