Cada melancolia tem lá seu tono.
Rigidez vai embora com canto.
A cantiga dessa tristeza é o sono.
Se dormir é cantar: acalanto.
Se dormir fosse fácil...
Dormir é fugir do abandono.
É morrer. Morto, sem pranto.
Mesmo que o som seja mono,
dormir é cantar, tem encanto.
...mas dormir não é fácil...
Dormir... não pagar o abono
da tristeza. E mais tanto.
Encanto. Cantiga. E sonho.
Fluidez. Fuga. Acalanto.
...adormecer é difícil, entretanto.
domingo, 19 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
As borboletas nunca são achadas
As borboletas nunca são achadas pelas flores.
São elas que escolhem nas quais pousar.
E saem por aí provando
até encontrar o gosto da perenidade...
...e toda flor tem gosto de fugacidade.
As borboletas nunca são pousadas pelas flores.
São elas que escolhem o tempo do namoro
ou o instante de adejar.
E semeiam, a sua escolha, a felicidade...
...e são as flores que ficam com a saudade.
As borboletas nunca sofrem as partidas.
Podem sempre retornar, se quiserem re-pousar,
à seus portos petalados.
E misturar com as flores as cores das aquarelas.
E a flores reviverão as partidas dessas asas tagarelas
As borboletas nunca são achadas.
Mesmo que as flores se espichem em talos até o sol,
continuarão enraizadas
até a gravidade despetalar para si todas as sortes.
Mas até as borboletas têm seus tempos de morte.
E nem tudo se sabe sobre vôos e raízes.
E o que as borboletas não sabem
é que certas flores se desprendem ao ar em cata-ventos
com suas levezas.
Viajando com o vento, ou pairando com a sua ausência.
E o que as flores não sabem
É que as borboletas nem sempre têm forças contra os ventos
Fragilidades de suas naturezas
Por isso carregam consigo o perfume das flores, em essência.
O vento leva, e as borboletas nunca são achadas.
Mas força ele não tem, para fazer as flores serem alçadas.
São elas que escolhem nas quais pousar.
E saem por aí provando
até encontrar o gosto da perenidade...
...e toda flor tem gosto de fugacidade.
As borboletas nunca são pousadas pelas flores.
São elas que escolhem o tempo do namoro
ou o instante de adejar.
E semeiam, a sua escolha, a felicidade...
...e são as flores que ficam com a saudade.
As borboletas nunca sofrem as partidas.
Podem sempre retornar, se quiserem re-pousar,
à seus portos petalados.
E misturar com as flores as cores das aquarelas.
E a flores reviverão as partidas dessas asas tagarelas
As borboletas nunca são achadas.
Mesmo que as flores se espichem em talos até o sol,
continuarão enraizadas
até a gravidade despetalar para si todas as sortes.
Mas até as borboletas têm seus tempos de morte.
E nem tudo se sabe sobre vôos e raízes.
E o que as borboletas não sabem
é que certas flores se desprendem ao ar em cata-ventos
com suas levezas.
Viajando com o vento, ou pairando com a sua ausência.
E o que as flores não sabem
É que as borboletas nem sempre têm forças contra os ventos
Fragilidades de suas naturezas
Por isso carregam consigo o perfume das flores, em essência.
O vento leva, e as borboletas nunca são achadas.
Mas força ele não tem, para fazer as flores serem alçadas.
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