A sede que tenho em beber-te
Embebe-me como um bom vinho
Liberta meu passarinho
Do intenso ao pianinho
Num espaço-tempo moinho do desejo
A fome que tenho em comer-te
É a dança que flui no meu corpo
O balanço do meu conforto
Num barco pra lá de além porto
Construindo um real absorto em sonhar
A ânsia que tenho em tocar-te
Alonga pleno o meu braço
Expande-me dentro do espaço
Dita o pulso de meu compasso
Movimenta o meu pedaço de vida
O fato de poder amar-te
É uma espécie de alimento
Plenifica meu sentimento
Equilibra meu pensamento
E mistifica meu movimento no cosmo.para vinicius.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Apagou-se minha vela do encanto
E a penumbra tomou meu pensamento
Não sobrou uma luz em meu recanto
Em cada passo apagado, me acidento
O escuro sopra um fosco acalanto
E a sombra me recobre em tom cinzento
A apatia vai se pondo onde era pranto
Não espero, não desejo, não ostento
Apagou-se minha vela do encanto
Já não há aquela chama em movimento
Não sobrou uma luz em meu recanto
O meu brilho jaz vencido em meu tormento
E a penumbra tomou meu pensamento
Não sobrou uma luz em meu recanto
Em cada passo apagado, me acidento
O escuro sopra um fosco acalanto
E a sombra me recobre em tom cinzento
A apatia vai se pondo onde era pranto
Não espero, não desejo, não ostento
Apagou-se minha vela do encanto
Já não há aquela chama em movimento
Não sobrou uma luz em meu recanto
O meu brilho jaz vencido em meu tormento
Alguma coisa de dentro pra fora
Alguma coisa de dentro
Pra fora
Da junção dos segundos
A hora
Do sonhar com o futuro
Pro agora
Para não esperar
Ir embora
Alguma coisa de dentro
Pra fora
É o romper de um tempo
Em aurora
Pra fora
Da junção dos segundos
A hora
Do sonhar com o futuro
Pro agora
Para não esperar
Ir embora
Alguma coisa de dentro
Pra fora
É o romper de um tempo
Em aurora
Fuga
Se pudesse surtar
correria
ao encontro do nada
o lugar nenhum
se pudesse surtar
uma busca voada
por sentimento algum
e ninguém
morte aos laços
aos partos
espaços
e a vida em si
morte ao ter de ser
e ao sentir
sem frio
calor
crença
ou canto
solto
sem gravidade
nem eterna presença
nem saudade
sem sombra
sem gente
sem vento
nem texto
nem tato
nem tento
incabível ao meu pensamento.
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