terça-feira, 29 de julho de 2008

Carta

(Ou pseudo-poema)

Vezes me flagro buscando qualquer pergunta, qualquer afirmativa, exclamação ou fato.
Para atingir um fútil contato. [mero]
Sem sentido.

Não há peso. Não há ansiedade.
Ou medo.
Não há nada.

Não há?
Não entendo meu vício de te procurar.
Não entendo.

Não te cobro, juro.
Não me prostro cansada ao pé do muro.
Não me canso.

...e não preciso levantar, portanto.
Ando avante, sempre.
InConstante.

Não se afobe ou remoa, inquieto.
Não pergunte portanto sobre o afeto.
Não pergunte.

Eu te busco, eu sei,
eu te busco.
Mas não arregalo olhos ou ofusco.

Brinco de tatear o escuro.
Eu caminho consciente o vedo
Sem esperar a remoção do muro.

Nenhum comentário: