terça-feira, 11 de novembro de 2008

Quando um dia eu nascer uma árvore

Quando um dia eu nascer uma árvore
Talvez o céu não pareça tão distante.
Mas o chão será um dominante, não um dominável.

Para não ser inefável, eu seria um Flamboyant.

Quando um dia eu crescer uma árvore...
O meu mundo será explodido de uma semente
Bastar-me-á água e sol, somente, para felicidade estável.

Para ser explicável: uma chuva e depois um dia quente.

Quando um dia eu viver, como árvore
Dos pássaros, serei sempre ouvinte.
E ainda terei o requinte de me sentir habitável.

Porque o som me será palpável: através do vibrante, tininte.

Quando um dia eu reproduzir como árvore
O mundo será um circular horizonte
E o vento será a minha ponte com o semeável.

No mesmo lugar [estável], farei terras parirem monte.

Quando um dia eu for uma árvore
E morrer. E deixar de ser sombra ao transeunte
A terra fará um ajunte do meu potencial adubável

E na essência permutável terei a certeza que eu não defunte.

4 comentários:

Motorista do Universo disse...

quando um dia você for,
poesia já não fará sentido.
sentirei o som no olho
do meu ouvido, e vestido em transe
vislumbrarei ali amor.

=D

manu moema disse...

esse comentário é pra ficar mais bonito que que o poema, é?
(riso)

Só vc ilton. Digníssimo.

polly disse...

Sempre que vir um flamboyant, lembrarei de você.
Serás sempre linda!!
Chão e ar.
Sempre iluminada, pois a luz é teu caminho.

manu moema disse...

Fátima me cobrou que respondesse aos comentários.
Então me dei conta o quanto essa troca de comntários gera poesia, simplesmente. Assim, feito esses de Polly e Ailton.

que gostoso.