Quando um dia eu nascer uma árvore
Talvez o céu não pareça tão distante.
Mas o chão será um dominante, não um dominável.
Para não ser inefável, eu seria um Flamboyant.
Quando um dia eu crescer uma árvore...
O meu mundo será explodido de uma semente
Bastar-me-á água e sol, somente, para felicidade estável.
Para ser explicável: uma chuva e depois um dia quente.
Quando um dia eu viver, como árvore
Dos pássaros, serei sempre ouvinte.
E ainda terei o requinte de me sentir habitável.
Porque o som me será palpável: através do vibrante, tininte.
Quando um dia eu reproduzir como árvore
O mundo será um circular horizonte
E o vento será a minha ponte com o semeável.
No mesmo lugar [estável], farei terras parirem monte.
Quando um dia eu for uma árvore
E morrer. E deixar de ser sombra ao transeunte
A terra fará um ajunte do meu potencial adubável
E na essência permutável terei a certeza que eu não defunte.
4 comentários:
quando um dia você for,
poesia já não fará sentido.
sentirei o som no olho
do meu ouvido, e vestido em transe
vislumbrarei ali amor.
=D
esse comentário é pra ficar mais bonito que que o poema, é?
(riso)
Só vc ilton. Digníssimo.
Sempre que vir um flamboyant, lembrarei de você.
Serás sempre linda!!
Chão e ar.
Sempre iluminada, pois a luz é teu caminho.
Fátima me cobrou que respondesse aos comentários.
Então me dei conta o quanto essa troca de comntários gera poesia, simplesmente. Assim, feito esses de Polly e Ailton.
que gostoso.
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