Dói no recorte.
No descontínuo.
Na parte que parte
num só.
Um inteiro, um partido.
Um dia bom,
vinte a dó.
Dói cada vez que teu corpo vira pó de saudade
no meu redor de existência.
No retalho.
Cada beijo não dado.
Cada abraço sonhado.
Toda ausência.
O contraste tristonho
com as felizes presenças.
Intercaladas lacunas.
Trechos suspensos
pelos contínuos vindouros.
É no arremate.
No momentâneo.
Na junta que junta.
No nó
feito e apertado no encontro
para não deslizar na distância
em desenlace.
Dói a noite de frio.
O acordar vazio
depois que me veio.
E reinicio
pedaços de fios com amarração
de sonhos cheios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário