domingo, 7 de dezembro de 2008

Canção de amigo

Se negasse meu desejo de tua pele
(Reencontro com meu corpo ouriçado
Alcançando meu instinto camuflado
Entre medos – que a cada um repele;

o gosto quente de áurea, de tua alma
Num encontro: nossas bocas palpitantes
Em trocas de respirações delirantes
Beijo aceso onde reside viva a calma)

Estaria a te negar, meu bom amigo
As muralhas que venceste. Então te digo
(réu confesso dos desejos abundantes)

Querer sentir novamente o toque teu
Que abriu tranquilamente o corpo meu
A calor de proporções estonteantes!

texto de 02.11.07

6 comentários:

olhodopombo disse...

adorei o novo nome dp blog!!!!!!!!!!!!

olhodopombo disse...

e a poesia d ehoje esta de uma maturidade!!!!!!!!!!
beijos.....

Motorista do Universo disse...

saudade gostosa da porra, que me deu agora, moemaaa!!! preciso te ver pra te dar um abraço! tantas imagens vieram na minha cabeça agora, sabia?! muito bom, pow. esse poema eh muito bonito! não há dúvida! beijos muitos! =D

Motorista do Universo disse...

e agora pra fingir que sou técnico: essa jogada do diálogo suspenso por um parêntese que dura quase o soneto inteiro é muito bonita, traz um tempo de reflexão do eu lírico que convence o leitor desde o segundo verso de que tal desejo jamais pode ser negado. e a imagem que ele cria é muito envolvente também! ai ai... é bem bonito. hauhauhau!

ps: gostou da parte do "eu lírico"? quem vê até pensa, neh? =D

JAQUELINE SALES disse...

Poema lindo. Gosto de poucos, mas este está incluso na lista dos que me agradam.

Ah, o bolo, a marca, o livro, a bolsa, os filmes, e os demais pretextos estão a te esperar. E se você não se atrasar demais, hão de esperar por toda nossa vida.

Amo demasiadamente!


Um monte dos dois
aqui dentro de mim...





... transborda.

manu moema disse...

esse poema não é da data de publicação.
Foi de minha febre pelos sonetos, pela erudição.

Da fase de aprendizado da erudição.

Acho muito plausível o seu comentário sobre os parênteses AILTON. gosto muito.

e OLHODOPOMBO,
o nome novo do blog veio por uma reflexão sobre minha poética, que sempre passa por algum desses elementos. Às vezes por mais de um deles ao mesmo tempo.