domingo, 18 de outubro de 2009

Vento

Eu sou vento de outono arrancando as folhas
Para aquela árvore se aperceber
Que arrebato, sopro e sacudo os galhos
Dela. Que se julgava sozinha ao entardecer

Sou vento de agosto, e dispenso ralhos
Para seduzir ao sopro e revolver
Esvoaçar pó dos sonhos aos olhos
E ao invés de cegar, fazer bem ver.

Porque sou vento [pois solto] e que me valha
Enraizar em você meus devaneios
Eu balance com vida as suas galhas
E devaneie por mim os seus anseios.

Nenhum comentário: