domingo, 7 de dezembro de 2008

Paixão não é flor fertilizada

Paixão não é flor fertilizada
esperando calmamente o sumo e o sol
para se transformar em fruto maduro.

A paixão deseja tempestade fertilizante do inseto
mesmo que a flor se despetale fugazmente num apuro.

Paixão é um anseio constante da planta no cio:
um querer incessante e vívido
pela gravidez de companhia.

É não desejar o carma da casta flor numa noite fria
ao término de linda primavera
despetalando todos os sonhos de perenidade.

Não. Paixões não são flores com serenidade
em plena calmaria da madrugada.

Paixão é planta no cio, é desejo.
É medo constante do provável vazio
e sagacidade do instante contra qualquer segundo frio.

2 comentários:

polly disse...

Fogo puro!!!

manu moema disse...

é sim pollyzinha,

é impluso. :)