quarta-feira, 4 de maio de 2016

Nascente

Vive a terra bem quieta
Movendo-se cautelosa
Tanto mistério escuro
Abaixo dos pés repousa
 
Quase dormem no espaço
Se arrastando lentamente
Silenciosas no tempo
Terra, rocha e semente
 
Nas profundezas do solo
Onde a luz já não se mira
Quase tudo se assenta
Mas algo remexe e revira
 
Nessa entranha bem densa
Onde tudo tende ao rijo
Abre espaço um movimento
Vai deixando o esconderijo
 
Borbulhando terra afora
Água limpa e transparente
Vindo lá do frio escuro
Se apresenta clara e quente
 
Revirando as profundezas
E se fazendo latente
Pulsando superfície afora
Inesgotável nascente


 

2 comentários:

olhodopombo disse...

LINDO!

maria disse...

Menina linda, por dentro e por fora
Aflora gentileza, abunda talento...Pura boniteza!