Ao longe, o sol em fulgor.
E o botão sem luminescência.
Tem a vida em si e mingua.
Abre mansinha, singela e tímida;
carregada de insuficiência.
Sem luz ou calor com intensidade,
vê mirrar sua fertilidade,
este potencial de fluorescência...
Oh sombra, severo algoz!
Por que se fazer tão atroz
e semear tanta carência?
Sem força, as pétalas vão,
e vai também a imensidão
de sonhar com a permanência.
Raquítica, queda sem fruto.
Refletindo antecipado luto:
não perpetuará a existência.
Um comentário:
"Tem a vida em si e míngua"
...imaginam que é o bastante, mas, às vezes, a história desta vida é repleta de dor.
Para compreender a "florzinha" há ter paciência e altruísmo.
Mas há flor-Moema tão bela, sensível que compõe poemas de compreensão.
Beijo, menina.
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