sábado, 22 de agosto de 2009

Todo amor deixa um gosto na boca

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Todo amor deixa um gosto na boca.

Se o amor é manso e perene
Sua doçura é um flash de sempre.
E deixa um gosto de vício.
De nostalgia. Suspiro eterno.

Amor com um gosto materno.

Se o amor é fútil e vulgar
O gosto é cortante e cruel.
De fome, de estômago vazio.
Dia amanhecido doente.

Amor com sabor de acidente.

E se nem é amor, também sápido
Gosto de nojo e de asco
De beijo dado sem passo.
Malogro. E de traço torto.

É amor com gosto de aborto.

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