sábado, 17 de maio de 2008

Altos olhos de mar

Olhar inusitado. De surdina
Apareceu frente ao meu com a cor do mar
Com reflexos d’águas de Iemanjá
Movimentos de onda bailarina.

Se carrega consigo água divina,
Organicidade de modificar
(com o vento), pode também inundar
de transparência a minha retina.

E basta pôr distância na esquina
Afastando-me de tua beira-mar:
Impulso de nadar vai à ruína

Profundezas de oceano a me habitar.
Se eu, antes na superfície fina
Com lembranças agora a me afogar.

texto escreito em 09.10.2007

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