Se quiseres voar,
bate as asas e curte os ares, meu bem.
Olha o céu azul!
Se quiseres adejar alguma flor,
(ou várias)
Escolhe-a(s)
e te alimenta da fertilidade do pólen.
Mas não esquece da fragilidade de tuas asas
frente aos tufões e às quedas d’água.
Não esquece que podes espalhar mágoas
por entre as pétalas coloridas
e desfazer delas, as alegrias tingidas.
Voa, meu bem, borboleta leve.
Vai além da pequenez monogâmica.
Mas te lembra, sempre,
o que, nessa transloucada dinâmica,
tu buscas.
E não deixa que a fútil embriaguez
– que ofusca –
modifique teu rumo, à toa.
Vai embora,
vai sim...
Voa!
Mas leva sempre a certeza que buscas a felicidade.
texto escrito em 05.05.08
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