domingo, 11 de maio de 2008

Soneto da rosa de papel

Meu bem fez e me deu: rosa de papel
Iluminada e branca, como o luar
Perfume inebriante, intenção de mel.
Dentre as flores, a mais frágil que há.

Mas há medo que ele me largue ao léu
Indo embora e deixando de me amar.
Haverei então de queimar, jogar ao céu
as cinzas. Para nunca mais dele lembrar.

Mas se amor dele for real e brotar
Sem saber jamais o gosto amargo do fel
A flor! Eu juro: dela muito hei de cuidar

Fogo não queima, chuva não há de rasgar
Pois ela irá compor e enfeitar o véu
Que usarei, para com meu bem casar.

03.05.08

Um comentário:

DIARIOS IONAH disse...

Oi eu nao fazia a menor ideia que
alem de pintora e atriz era
uma poeta assim.....
o meu olhar pousou por aqui.
beijos