domingo, 11 de maio de 2008

Um par de pés

Sob a turva luz do poste – e apenas ela
Na noite de cinza céu
Com a doçura única da cana-com-mel
Lembrando o amargo constante da boca deserta
Uma vida nublada pela melancolia dos pensamentos
Daquelas felicidades fugazes dos momentos
Vaga em pleno inverno.

Monotonia tediosa dos dês-acontecimentos.
Nada é pleno.
Voltar a ermo exposta ao sereno
Reconhecendo a solidão dos fins dos dias

Haverá apenas um par de pés embaixo do cobertor.

texto de 09.07.2007

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