quarta-feira, 14 de maio de 2008

Soneto da papoula

Um fim de tarde no peito
da moça; a luz inexiste
E ela retorna triste:
ausência de amor-perfeito.

Seria de espinho o leito
onde já não coexiste
um par? Mas ela resiste
à pulsão de tê-lo estreito

E assim em seu favor
antes de sair à rua
cata no mato uma flor

Nega permanecer nua
de beleza. E busca o amor
de papoula a luz da lua.

texto escrito em 11.09.2007

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