Não me mata de amor que eu morro mesmo
Cada instante que passa vai pedaço
Não me mata de amor que há segredo
Esperando por brotar nalgum espaço
Não me deixa morrer de tanto amar
No vazio que interpõe os nossos corpos
Como barco perdido no alto mar
Sem rever nunca mais a cor dos portos
Se acaso, por tempo, tu não venhas
Manda ao menos um canto pelo vento
Pra que eu saiba do amor que tu me tenhas
E adormeça contigo em pensamento
Mas se queres me negar as tuas senhas
Pensa ser só por ti o meu encanto
E não mata com amor que tu não tenhas
Quem deseja demais teu acalanto
Não me mata de amor que eu morro mesmo
Cada instante que passa um pedacinho
Não me mata de amor, que o meu segredo
É viver esperando o teu carinho
texto de abril de 2008
Um comentário:
Esses poemas dão samba.
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